6° Domingo da Páscoa

NÃO VOS DEIXAREI ÓRFÃOS!

Neste domingo, as palavras de Jesus, soam como as palavras de um Pai no seu leito de Morte,por assim dizer no seu “testamento final”.E é verdade! Jesus sabe que vai partir para o Pai e que os discípulos vão continuar no mundo. Então, lhes fala do caminho que percorreu (e que ainda vai percorrer até à consumação da sua missão e até chegar ao Pai); convida os discípulos a seguir o mesmo caminho de entrega a Deus e de amor radical aos irmãos. É seguindo esse “caminho” que eles se tornarão Homens Novos e que serão “família de Deus” (cf. Jo 14,1-12).

Quem de nós, diante deste fato, não ficaria inquieto e desconcertado? Os discípulos ficaram. Será possível percorrer esse “caminho” se Jesus não caminhar conosco? Como é que manteremos a comunhão com Jesus e como receberemos d’Ele a força para doar, dia a dia, a própria vida?

Jesus, com seu grande amor, garante então aos discípulos que não os deixará sós no mundo. Ele vai para o Pai; mas vai encontrar uma forma de continuar presente e de acompanhar, bem de perto a caminhada dos seus discípulos. Contudo, é preciso que os discípulos continuem a seguir Jesus, a manifestar a sua adesão a Ele, a amá-l’O, seguindo-o. A consequência desse amor é cumprir os mandamentos que Jesus deixou. Cumprir os mandamentos aqui é fazer com que eles se tornem a expressão clara do amor dos discípulos, e do nosso amor, a Jesus.

Como é que Jesus vai ficar presente ao lado dos discípulos?Dando-lhes a coragem para percorrer “o caminho” do amor e do dom da vida, enviando-nos o “Paráclito”, que estará sempre conosco e comseus discípulos. A palavra grega “paráklêtos”, utilizada por João, pertence ao vocabulário jurídico e designa, nesse contexto, aquele que ajuda ou defende o acusado. Pode, portanto, traduzir-se como “advogado”, “auxiliar”, “defensor”, “consolador”, “intercessor”.

O “Paráclito” que Jesus vai nos enviar é o Espírito Santo – “Espírito da Verdade” (vers. 17), isto é, Seu Espírito, pois Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. O Espírito desempenhará um duplo papel: internamente, conservará a memória da pessoa e dos ensinamentos de Jesus, ajudando os discípulos a interpretar esses ensinamentos à luz dos novos desafios; externamente, dará segurança aos discípulos, guiá-los-á e defendê-los-á quando eles tiverem de enfrentar a oposição e a hostilidade do mundo. Em qualquer dos casos, o Espírito conduzirá a comunidade em marcha pela história, ao encontro da verdade, da liberdade plena, da vida definitiva.

Por isso, mesmo perseguidos, os discípulos não devem desanimar no anúncio do Reino. Após a morte de Estêvão, (que era outro dos sete diáconos), a Igreja começou a ser perseguida, como nos narra o livro dos Atos dos Apóstolos. Contudo, confiantes na Palavra de Jesus: “Eu não vos deixarei órfãos”, os discípulos continuaram sua missão. Com o exemplo de Felipe, um dos diáconos instituídos como ouvimos semana passada, a Palavra de Deus nos ensina que devemos continuar firmes no anúncio. Mesmo cercados de hostilidade, não podemos parar. O Exemplo sugerido para nós foi a Samaria. (lugar que não acolheu anteriormente a mensagem de Jesus) e que agora,por incrível que possa parecer, foi o primeiro lugar a acolher este anúncio,através do Espírito Santo que falava em Felipe.

O anúncio do Evangelho aos samaritanos mostra que o Evangelho não tem fronteiras. Com a acolhida do Evangelho, um novo sentimento brota no coração das pessoas. Esta nova realidade faz brotar no coração de quem a acolhe uma profunda alegria: a alegria é um dos traços característicos que acompanha o Espírito Santo e, na obra de Lucas, acompanha também a erupção da comunidade do “Messias”.

O Espírito Santo, portanto, aparece aqui como o selo que comprova a pertença dos samaritanos – depois de unidos à Igreja universal e em comunhão com ela – à Igreja de Jesus Cristo.

Finalizando, devemos nos lembrar que, quem pertence a Cristo, foi marcado com este Selo. Pertence à Ele, não está abandonado. Mesmo que a hostilidade do mundo seja grande, jamais ficará sozinho.

Lembre-se, você foi batizado! Você é morada de Deus! Você pertence a Ele. Nem tribulação, nem dor pode te separar Dele. Ele está contigo, Sempre!

Amar não é verbo, é ação.



“Não se trata de quanto se faz, do tamanho das tarefas. O que importa é o amor com que se faz.       Somos seres humanos, e para nós tudo parece pouco. Mas uma vez tendo se doado a Deus, Deus é infinito.       E qualquer ação, por pequena que seja se torna infinita. Por que Deus é infinito, não a medida para Deus.” (Madre Tereza de Calcutá)


     Madre Tereza com sua simplicidade e humildade ensinou ao mundo o valor de amar as pequenas coisas.
     Todos nos cristãos conhecemos historias e frases que nasceram da doação dessa grande mulher ao sacrifício do Senhor. Viu na cruz a necessidade de Cristo e não parou na contemplação de seu calvário, foi atrás de saciar a sede do Senhor.
     Como hoje agimos em relação a essa vertente? O Senhor Jesus nos comunicou o seu Espírito, é o que diz toda a missa antes do Pai Nosso, e o que fazemos após esse comunicado?
     Deus convoca hoje, homens e mulheres, a uma doação verdadeira. Não simplesmente falar que ama o Senhor ou que serve a ele, não apenas adorá-lo e contemplar sua palavra, Deus convoca seus filhos, seus adoradores a uma doação verdadeira. Você ama a Deus? Então ame o próximo, ame os pobres, ame os piores, ame os bandidos, ame os que não amam.
     Missão impossível? Creio que a única missão impossível é alguém se entregar a morte por amor, e após essa morte ressuscitar.
     “Aquela fome de Cristo na Cruz, a sede de Cristo na Cruz, nós saciamos através do amor em ação.”
     Jesus não foi um homem de palavras, foi um homem de ações. Nessa mesma medida, Madre Tereza, São Francisco, São Luiz Gonzaga, entre outros grandes Santos que revela a nos cristãos que é possível, que somos capazes de amar. E por que não dizer do santo do Século XXI, João Paulo II, santo que nenhum homem no mundo atual pode questionar, pois não esta na antiguidade as provas de sua santidade, esta a olhos vivos, esta cheirando a novo os prodígios realizados por Deus nesse homem, que no dia 01/05 foi beatificado.
     Dois gigantes de nossos tempos, Madre Tereza e Papa João Paulo II, nos impulsionam a amar, a doarmos todo o nosso ser ao único Deus. Não é só cumprir preceitos, nem exigências e muito menos obrigações.
     “As pessoas - de forma cientifica e de outras maneiras tentam provar que Deus ‘existiu’. Tudo é possível, podemos fazer hoje de tudo, dar vida, tirar vidas, podemos fazer tantas coisas que imaginamos que Deus ‘foi’, a majestade e a grandeza dele ’foram’, a criação ‘Foi’. As pessoas tentam provar isso, e no entanto aquela presença dos pobres, o trabalho, as ações de amor em todo o mundo provam que Deus é.”
     Deus é e sempre será, e em nossa pequena humanidade, em nossa pequena existência, já agradamos a       Deus pela nossa simplicidade de servir nas pequenas coisas.
     “O que agrada a Deus, em minha pequena alma. É que ame minha pequenez e minha pobreza. É a confiança cega que tenho em sua misericórdia”.

     Reze comigo: Senhor, que eu seja simples e humilde em minhas ações, procurando agradar apenas ao teu coração. Que eu não procure agradar a homens e a meu ego, pois é saindo de mim que encontro meus irmãos e a Ti. Faça senhor com que meu coração seja um sacrário vivo, onde eu o possa contemplar e adorar em espírito e em verdade. Não permita senhor que a minha alma seja anestesiada pelos caminhos tortuosos que o mundo me apresenta, não deixai Senhor que eu perca minha capacidade de amar. Seja providente em minha vida Senhor, e faça em mim segundo sua vontade e não a minha.  Amém.

5º Domingo da Páscoa

NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS

      A Palavra de Deus neste domingo, vem iluminar-nosno que tange à nossa adesão a Cristo, através da voz da Igreja. Depois de aceitarmos Jesus como Luz do mundo e como Pastor (domingo passado), aqueles que escutam sua voz o seguem, pois Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
     Após a Ressurreição, os discípulos reunidos (em assembléia), começam a propagar a Boa Nova de Jesus Cristo. Sentem-se unidos pelo mesmo Espírito: o Espírito Santo. Por isso, ao celebrarem semanalmente a memória de Cristo (Eucaristia), começam a sentirem-se família, um único corpo: o corpo místico de Cristo, isto é, a Igreja.
    A primeira leitura apresenta-nos alguns traços que caracterizam esta “família de Deus” (Igreja): é uma comunidade santa, embora formada por homens pecadores; é uma comunidade estruturada hierarquicamente, mas onde o serviço da autoridade é exercido no diálogo com os irmãos; é uma comunidade de servidores, que recebem dons de Deus e que põem esses dons ao serviço dos irmãos; e é uma comunidade animada pelo Espírito, que vive do Espírito e que recebe do Espírito a força de ser testemunha de Jesus na história.
    A segunda leitura também se refere à Igreja: chama-lhe “templo espiritual”, do qual Cristo é a “pedra angular” e os cristãos “pedras vivas”. Essa Igreja é formada por um “povo sacerdotal”, cuja missão é oferecer a Deus o verdadeiro culto: uma vida vivida na obediência aos planos do Pai e no amor incondicional aos irmãos.
    O Evangelho define a Igreja: é a comunidade dos discípulos que seguem o “caminho” de Jesus – “caminho” de obediência ao Pai e de dom da vida aos irmãos. Os que acolhem esta proposta e aceitam viver nesta dinâmica tornam-se Homens Novos, que possuem a vida em plenitude e que integram a família de Deus – a família do Pai, do Filho e do Espírito.
    Além disso, esta família recebe a proteção do Alto. Jesus,depois de dizer que na casa do Pai têm muitas moradas, (isto pode ser interpretado de duas formas: Casa enquanto Reino Celeste e Casa enquanto Igreja, ainda peregrina, comunidade reunida,)afirma que aqueles que o seguem têm a proteção Divina. Diz para que o nosso coração não se perturbe, pois onde ele estiver, os que são seus, isto é, suas ovelhas, aqueles que escutam sua voz, estarão com ele. A fé é o instrumento que nos guiará, mesmo na perseguição ou na dor.
    E quando Felipe pede para ver o Pai, desejo comum de todos nós, ele Diz que quem o vê, vê o Pai, pois Ele e o Pai são um.
    Portanto, como Igreja, família de Deus que se reúne semanalmente, estejamos atentos ao “Caminho”, ao serviço dos mais necessitados e à escuta atenta da voz do mestre, se assim o fizermos, estaremos contemplando, aqui na Terra, a Face do Pai, e, podemos ter certeza, nosso lugar estará garantido no Reino Celeste.

3º DOMINGO DA PÁSCOA

NA “NOITE ESCURA” NUNCA ESQUEÇAMOS: O RESSUSCITADO CAMINHA CONOSCO
Hoje, o 3º Domingo da Páscoa nos convida a refletir sobre a presença de Jesus Crucificado-Ressuscitado caminhando conosco, nos indicando que esta presença é sentida especialmente através das Escrituras (Bíblia) e da Fração (partilha) do Pão, para nós, a Eucaristia.
“Palavra e Eucaristia correspondem-se tão intimamente que não podem ser compreendidas uma sem a outra: a Palavra de Deus faz-Se carne, sacramentalmente, no evento eucarístico. A Eucaristia abre-nos à inteligência da Sagrada Escritura, como esta, por sua vez, ilumina e explica o Mistério eucarístico”. (Verbum Domini)
Porque os discípulos só reconheceram que era Jesus quando este parte o pão?
Primeiramente, porque estavam presos em sua dor, em sua perda. Esperavam muito do Messias! Queriam a libertação (política) de Israel, deixaram tudo para seguir Jesus esperando algo em troca. A escuridão causada pelo “fracasso da Missão do Mestre” era um golpe muito difícil de se aguentar! O negócio era voltar para casa e continuar de onde pararam, pois a decepção era imensa!
Segundo, porque quando imersos na dor, não conseguimos dar ouvidos àqueles que estão à nossa volta.
Foi necessário então, refrescar suas memórias... “Não está escrito que era preciso que o Cristo sofresse...”. Ao partir o pão, os olhos se abrem porque foi exatamente neste momento que se recordam da última ceia com o mestre. De seu gesto de amor-serviço ao lavar-lhes os pés, e de suas Palavras: Fazei isto em minha memória!
É interessante como muitas vezes, quando estamos na noite escura de nossa alma, como dizia São João da Cruz, não conseguimos, num primeiro momento, perceber aquela presença doce e serena de Cristo, iluminando as trevas, pacificando a dor, caminhando conosco.... Também os discípulos não conseguiram sentí-lo. Não rapidamente. Foi necessário relembrá-los. Porque não dizer, re-evangelizá-los! Assim acontece conosco.
A ligação existente na liturgia da palavra de hoje é o Querigma, isto é, a forma como era feito o anúncio do Cristo Crucificado-ressuscitado nas primitivas comunidades cristãs. Tanto com os discípulos de Emaús, como Pedro, logo após o dia de Pentecostes, o anúncio, isto é, a evangelização é a mesmo: diante da escuridão que tenta envolver a pessoa humana, escuridão que está presente na vida através dos diversos problemas que enfrentamos, sejam eles sociais, psicológicos e morais, Jesus Crucificado-Ressuscitado caminha com a humanidade, quer aquecendo o coração do homem com suas Palavras (através das escrituras), quer partilhando o pão (Eucaristia) para que sintamos sua presença.
Existe uma canção de Renato Russo que lembra muito bem isso: “Quando tudo está perdido, sempre existe uma Luz, quando tudo está perdido, sempre existe um caminho.”
Para nós, cristãos, a Luz, o Caminho é o Cristo Crucificado-Ressuscitado! Lembremos sempre disso: Cristo caminha conosco! E como na canção do amadíssimo Pe. Fábio de Mello, “Ele”está presente no menor dos grãos de areia. Na mais alta de todas as montanhas, numa gota d´água, de sangue e semente; num pedaço de pão, na luz na escuridão, no céu e no chão. No meio de nós!

Semana Santa

     No dia 17/04, Domingo de Ramos, a nossa paróquia se reuniu em uma procissão, que partiu de Próximo das margens do Rio da Onça com destino a Igreja Matriz, onde foi celebrada a missa que remete a recepção que Jesus teve ao chegar em Jerusalém, e que também da introdução a Paixão de Cristo.
     No segundo dia da Semana Santa, foi encerrado os Encontros de reflexão da Campanha da Fraternidade em uma celebração com palavra franca, discutindo sobre como a humanidade está agindo perante Deus, nós, a Sociedade, e remetendo à C.F, perante  a natureza.
     Dando seqüência na semana, terça-feira foi o dia da Procissão do Encontro Doloroso, entre Jesus e sua mãe Maria, à caminho do calvário.
     Na quarta-feira, reunimos na catedral de Catanduva para celebrar a Missa dos Santos óleos, óleos que serão usados para unção dos doentes(óleo dos enfermos), nos batizados(óleo dos catecúmenos) e não unção dos Crismandos(óleo do crisma).
     A Missa de Lava pés e instituição da eucaristia que nos mostra o ato de humildade e doação de Cristo se deu início às 20h00min da quinta-feira. Após esta Missa campal, as pastorais e movimentos, se revesaram em oração, durante toda a noite.
     Sexta-feira da Paixão,  dia que nos reservamos em silêncio para lembrar do amor de Cristo por nós, participamos de adoração à Santa Cruz, às 15h00min e da encenação da Via Sacra, que teve seu inicio à frente da Igreja com a procissão em direção ao ginásio de Esportes, onde aconteceu o teatro.
     A solenidade do sábado de aleluia começou na porta da igreja, às 21h00min com o acendimento do Círio Pascal com o fogo novo. Em certo momento da celebração houve também a benção da água, que foi velada ao altar em uma apresentação do grupo de dança da Paróquia.
     Encerando a Semana Santa, no Domingo, a Páscoa começou a ser celebrado a partir das 08h00min com a missa e batizados, batizado estes que foram feitos com a água abençoada no Sábado. E de noite, a Paróquia se reuniu para contemplar a ressurreição do senhor.
     Portanto, se este ano você não acompanhou todos os eventos de sua paróquia na Semana Santa, esforce-se e sinta o que é o Amor de Deus.





Vinicio Eduardo de Almeida
18 Anos.
Com. Imaculada Conceição - Palmares Paulista.
Estudante de Téc. em Administração.










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