6° Domingo da Páscoa

NÃO VOS DEIXAREI ÓRFÃOS!

Neste domingo, as palavras de Jesus, soam como as palavras de um Pai no seu leito de Morte,por assim dizer no seu “testamento final”.E é verdade! Jesus sabe que vai partir para o Pai e que os discípulos vão continuar no mundo. Então, lhes fala do caminho que percorreu (e que ainda vai percorrer até à consumação da sua missão e até chegar ao Pai); convida os discípulos a seguir o mesmo caminho de entrega a Deus e de amor radical aos irmãos. É seguindo esse “caminho” que eles se tornarão Homens Novos e que serão “família de Deus” (cf. Jo 14,1-12).

Quem de nós, diante deste fato, não ficaria inquieto e desconcertado? Os discípulos ficaram. Será possível percorrer esse “caminho” se Jesus não caminhar conosco? Como é que manteremos a comunhão com Jesus e como receberemos d’Ele a força para doar, dia a dia, a própria vida?

Jesus, com seu grande amor, garante então aos discípulos que não os deixará sós no mundo. Ele vai para o Pai; mas vai encontrar uma forma de continuar presente e de acompanhar, bem de perto a caminhada dos seus discípulos. Contudo, é preciso que os discípulos continuem a seguir Jesus, a manifestar a sua adesão a Ele, a amá-l’O, seguindo-o. A consequência desse amor é cumprir os mandamentos que Jesus deixou. Cumprir os mandamentos aqui é fazer com que eles se tornem a expressão clara do amor dos discípulos, e do nosso amor, a Jesus.

Como é que Jesus vai ficar presente ao lado dos discípulos?Dando-lhes a coragem para percorrer “o caminho” do amor e do dom da vida, enviando-nos o “Paráclito”, que estará sempre conosco e comseus discípulos. A palavra grega “paráklêtos”, utilizada por João, pertence ao vocabulário jurídico e designa, nesse contexto, aquele que ajuda ou defende o acusado. Pode, portanto, traduzir-se como “advogado”, “auxiliar”, “defensor”, “consolador”, “intercessor”.

O “Paráclito” que Jesus vai nos enviar é o Espírito Santo – “Espírito da Verdade” (vers. 17), isto é, Seu Espírito, pois Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. O Espírito desempenhará um duplo papel: internamente, conservará a memória da pessoa e dos ensinamentos de Jesus, ajudando os discípulos a interpretar esses ensinamentos à luz dos novos desafios; externamente, dará segurança aos discípulos, guiá-los-á e defendê-los-á quando eles tiverem de enfrentar a oposição e a hostilidade do mundo. Em qualquer dos casos, o Espírito conduzirá a comunidade em marcha pela história, ao encontro da verdade, da liberdade plena, da vida definitiva.

Por isso, mesmo perseguidos, os discípulos não devem desanimar no anúncio do Reino. Após a morte de Estêvão, (que era outro dos sete diáconos), a Igreja começou a ser perseguida, como nos narra o livro dos Atos dos Apóstolos. Contudo, confiantes na Palavra de Jesus: “Eu não vos deixarei órfãos”, os discípulos continuaram sua missão. Com o exemplo de Felipe, um dos diáconos instituídos como ouvimos semana passada, a Palavra de Deus nos ensina que devemos continuar firmes no anúncio. Mesmo cercados de hostilidade, não podemos parar. O Exemplo sugerido para nós foi a Samaria. (lugar que não acolheu anteriormente a mensagem de Jesus) e que agora,por incrível que possa parecer, foi o primeiro lugar a acolher este anúncio,através do Espírito Santo que falava em Felipe.

O anúncio do Evangelho aos samaritanos mostra que o Evangelho não tem fronteiras. Com a acolhida do Evangelho, um novo sentimento brota no coração das pessoas. Esta nova realidade faz brotar no coração de quem a acolhe uma profunda alegria: a alegria é um dos traços característicos que acompanha o Espírito Santo e, na obra de Lucas, acompanha também a erupção da comunidade do “Messias”.

O Espírito Santo, portanto, aparece aqui como o selo que comprova a pertença dos samaritanos – depois de unidos à Igreja universal e em comunhão com ela – à Igreja de Jesus Cristo.

Finalizando, devemos nos lembrar que, quem pertence a Cristo, foi marcado com este Selo. Pertence à Ele, não está abandonado. Mesmo que a hostilidade do mundo seja grande, jamais ficará sozinho.

Lembre-se, você foi batizado! Você é morada de Deus! Você pertence a Ele. Nem tribulação, nem dor pode te separar Dele. Ele está contigo, Sempre!

Amar não é verbo, é ação.



“Não se trata de quanto se faz, do tamanho das tarefas. O que importa é o amor com que se faz.       Somos seres humanos, e para nós tudo parece pouco. Mas uma vez tendo se doado a Deus, Deus é infinito.       E qualquer ação, por pequena que seja se torna infinita. Por que Deus é infinito, não a medida para Deus.” (Madre Tereza de Calcutá)


     Madre Tereza com sua simplicidade e humildade ensinou ao mundo o valor de amar as pequenas coisas.
     Todos nos cristãos conhecemos historias e frases que nasceram da doação dessa grande mulher ao sacrifício do Senhor. Viu na cruz a necessidade de Cristo e não parou na contemplação de seu calvário, foi atrás de saciar a sede do Senhor.
     Como hoje agimos em relação a essa vertente? O Senhor Jesus nos comunicou o seu Espírito, é o que diz toda a missa antes do Pai Nosso, e o que fazemos após esse comunicado?
     Deus convoca hoje, homens e mulheres, a uma doação verdadeira. Não simplesmente falar que ama o Senhor ou que serve a ele, não apenas adorá-lo e contemplar sua palavra, Deus convoca seus filhos, seus adoradores a uma doação verdadeira. Você ama a Deus? Então ame o próximo, ame os pobres, ame os piores, ame os bandidos, ame os que não amam.
     Missão impossível? Creio que a única missão impossível é alguém se entregar a morte por amor, e após essa morte ressuscitar.
     “Aquela fome de Cristo na Cruz, a sede de Cristo na Cruz, nós saciamos através do amor em ação.”
     Jesus não foi um homem de palavras, foi um homem de ações. Nessa mesma medida, Madre Tereza, São Francisco, São Luiz Gonzaga, entre outros grandes Santos que revela a nos cristãos que é possível, que somos capazes de amar. E por que não dizer do santo do Século XXI, João Paulo II, santo que nenhum homem no mundo atual pode questionar, pois não esta na antiguidade as provas de sua santidade, esta a olhos vivos, esta cheirando a novo os prodígios realizados por Deus nesse homem, que no dia 01/05 foi beatificado.
     Dois gigantes de nossos tempos, Madre Tereza e Papa João Paulo II, nos impulsionam a amar, a doarmos todo o nosso ser ao único Deus. Não é só cumprir preceitos, nem exigências e muito menos obrigações.
     “As pessoas - de forma cientifica e de outras maneiras tentam provar que Deus ‘existiu’. Tudo é possível, podemos fazer hoje de tudo, dar vida, tirar vidas, podemos fazer tantas coisas que imaginamos que Deus ‘foi’, a majestade e a grandeza dele ’foram’, a criação ‘Foi’. As pessoas tentam provar isso, e no entanto aquela presença dos pobres, o trabalho, as ações de amor em todo o mundo provam que Deus é.”
     Deus é e sempre será, e em nossa pequena humanidade, em nossa pequena existência, já agradamos a       Deus pela nossa simplicidade de servir nas pequenas coisas.
     “O que agrada a Deus, em minha pequena alma. É que ame minha pequenez e minha pobreza. É a confiança cega que tenho em sua misericórdia”.

     Reze comigo: Senhor, que eu seja simples e humilde em minhas ações, procurando agradar apenas ao teu coração. Que eu não procure agradar a homens e a meu ego, pois é saindo de mim que encontro meus irmãos e a Ti. Faça senhor com que meu coração seja um sacrário vivo, onde eu o possa contemplar e adorar em espírito e em verdade. Não permita senhor que a minha alma seja anestesiada pelos caminhos tortuosos que o mundo me apresenta, não deixai Senhor que eu perca minha capacidade de amar. Seja providente em minha vida Senhor, e faça em mim segundo sua vontade e não a minha.  Amém.

5º Domingo da Páscoa

NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS

      A Palavra de Deus neste domingo, vem iluminar-nosno que tange à nossa adesão a Cristo, através da voz da Igreja. Depois de aceitarmos Jesus como Luz do mundo e como Pastor (domingo passado), aqueles que escutam sua voz o seguem, pois Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
     Após a Ressurreição, os discípulos reunidos (em assembléia), começam a propagar a Boa Nova de Jesus Cristo. Sentem-se unidos pelo mesmo Espírito: o Espírito Santo. Por isso, ao celebrarem semanalmente a memória de Cristo (Eucaristia), começam a sentirem-se família, um único corpo: o corpo místico de Cristo, isto é, a Igreja.
    A primeira leitura apresenta-nos alguns traços que caracterizam esta “família de Deus” (Igreja): é uma comunidade santa, embora formada por homens pecadores; é uma comunidade estruturada hierarquicamente, mas onde o serviço da autoridade é exercido no diálogo com os irmãos; é uma comunidade de servidores, que recebem dons de Deus e que põem esses dons ao serviço dos irmãos; e é uma comunidade animada pelo Espírito, que vive do Espírito e que recebe do Espírito a força de ser testemunha de Jesus na história.
    A segunda leitura também se refere à Igreja: chama-lhe “templo espiritual”, do qual Cristo é a “pedra angular” e os cristãos “pedras vivas”. Essa Igreja é formada por um “povo sacerdotal”, cuja missão é oferecer a Deus o verdadeiro culto: uma vida vivida na obediência aos planos do Pai e no amor incondicional aos irmãos.
    O Evangelho define a Igreja: é a comunidade dos discípulos que seguem o “caminho” de Jesus – “caminho” de obediência ao Pai e de dom da vida aos irmãos. Os que acolhem esta proposta e aceitam viver nesta dinâmica tornam-se Homens Novos, que possuem a vida em plenitude e que integram a família de Deus – a família do Pai, do Filho e do Espírito.
    Além disso, esta família recebe a proteção do Alto. Jesus,depois de dizer que na casa do Pai têm muitas moradas, (isto pode ser interpretado de duas formas: Casa enquanto Reino Celeste e Casa enquanto Igreja, ainda peregrina, comunidade reunida,)afirma que aqueles que o seguem têm a proteção Divina. Diz para que o nosso coração não se perturbe, pois onde ele estiver, os que são seus, isto é, suas ovelhas, aqueles que escutam sua voz, estarão com ele. A fé é o instrumento que nos guiará, mesmo na perseguição ou na dor.
    E quando Felipe pede para ver o Pai, desejo comum de todos nós, ele Diz que quem o vê, vê o Pai, pois Ele e o Pai são um.
    Portanto, como Igreja, família de Deus que se reúne semanalmente, estejamos atentos ao “Caminho”, ao serviço dos mais necessitados e à escuta atenta da voz do mestre, se assim o fizermos, estaremos contemplando, aqui na Terra, a Face do Pai, e, podemos ter certeza, nosso lugar estará garantido no Reino Celeste.

3º DOMINGO DA PÁSCOA

NA “NOITE ESCURA” NUNCA ESQUEÇAMOS: O RESSUSCITADO CAMINHA CONOSCO
Hoje, o 3º Domingo da Páscoa nos convida a refletir sobre a presença de Jesus Crucificado-Ressuscitado caminhando conosco, nos indicando que esta presença é sentida especialmente através das Escrituras (Bíblia) e da Fração (partilha) do Pão, para nós, a Eucaristia.
“Palavra e Eucaristia correspondem-se tão intimamente que não podem ser compreendidas uma sem a outra: a Palavra de Deus faz-Se carne, sacramentalmente, no evento eucarístico. A Eucaristia abre-nos à inteligência da Sagrada Escritura, como esta, por sua vez, ilumina e explica o Mistério eucarístico”. (Verbum Domini)
Porque os discípulos só reconheceram que era Jesus quando este parte o pão?
Primeiramente, porque estavam presos em sua dor, em sua perda. Esperavam muito do Messias! Queriam a libertação (política) de Israel, deixaram tudo para seguir Jesus esperando algo em troca. A escuridão causada pelo “fracasso da Missão do Mestre” era um golpe muito difícil de se aguentar! O negócio era voltar para casa e continuar de onde pararam, pois a decepção era imensa!
Segundo, porque quando imersos na dor, não conseguimos dar ouvidos àqueles que estão à nossa volta.
Foi necessário então, refrescar suas memórias... “Não está escrito que era preciso que o Cristo sofresse...”. Ao partir o pão, os olhos se abrem porque foi exatamente neste momento que se recordam da última ceia com o mestre. De seu gesto de amor-serviço ao lavar-lhes os pés, e de suas Palavras: Fazei isto em minha memória!
É interessante como muitas vezes, quando estamos na noite escura de nossa alma, como dizia São João da Cruz, não conseguimos, num primeiro momento, perceber aquela presença doce e serena de Cristo, iluminando as trevas, pacificando a dor, caminhando conosco.... Também os discípulos não conseguiram sentí-lo. Não rapidamente. Foi necessário relembrá-los. Porque não dizer, re-evangelizá-los! Assim acontece conosco.
A ligação existente na liturgia da palavra de hoje é o Querigma, isto é, a forma como era feito o anúncio do Cristo Crucificado-ressuscitado nas primitivas comunidades cristãs. Tanto com os discípulos de Emaús, como Pedro, logo após o dia de Pentecostes, o anúncio, isto é, a evangelização é a mesmo: diante da escuridão que tenta envolver a pessoa humana, escuridão que está presente na vida através dos diversos problemas que enfrentamos, sejam eles sociais, psicológicos e morais, Jesus Crucificado-Ressuscitado caminha com a humanidade, quer aquecendo o coração do homem com suas Palavras (através das escrituras), quer partilhando o pão (Eucaristia) para que sintamos sua presença.
Existe uma canção de Renato Russo que lembra muito bem isso: “Quando tudo está perdido, sempre existe uma Luz, quando tudo está perdido, sempre existe um caminho.”
Para nós, cristãos, a Luz, o Caminho é o Cristo Crucificado-Ressuscitado! Lembremos sempre disso: Cristo caminha conosco! E como na canção do amadíssimo Pe. Fábio de Mello, “Ele”está presente no menor dos grãos de areia. Na mais alta de todas as montanhas, numa gota d´água, de sangue e semente; num pedaço de pão, na luz na escuridão, no céu e no chão. No meio de nós!

Semana Santa

     No dia 17/04, Domingo de Ramos, a nossa paróquia se reuniu em uma procissão, que partiu de Próximo das margens do Rio da Onça com destino a Igreja Matriz, onde foi celebrada a missa que remete a recepção que Jesus teve ao chegar em Jerusalém, e que também da introdução a Paixão de Cristo.
     No segundo dia da Semana Santa, foi encerrado os Encontros de reflexão da Campanha da Fraternidade em uma celebração com palavra franca, discutindo sobre como a humanidade está agindo perante Deus, nós, a Sociedade, e remetendo à C.F, perante  a natureza.
     Dando seqüência na semana, terça-feira foi o dia da Procissão do Encontro Doloroso, entre Jesus e sua mãe Maria, à caminho do calvário.
     Na quarta-feira, reunimos na catedral de Catanduva para celebrar a Missa dos Santos óleos, óleos que serão usados para unção dos doentes(óleo dos enfermos), nos batizados(óleo dos catecúmenos) e não unção dos Crismandos(óleo do crisma).
     A Missa de Lava pés e instituição da eucaristia que nos mostra o ato de humildade e doação de Cristo se deu início às 20h00min da quinta-feira. Após esta Missa campal, as pastorais e movimentos, se revesaram em oração, durante toda a noite.
     Sexta-feira da Paixão,  dia que nos reservamos em silêncio para lembrar do amor de Cristo por nós, participamos de adoração à Santa Cruz, às 15h00min e da encenação da Via Sacra, que teve seu inicio à frente da Igreja com a procissão em direção ao ginásio de Esportes, onde aconteceu o teatro.
     A solenidade do sábado de aleluia começou na porta da igreja, às 21h00min com o acendimento do Círio Pascal com o fogo novo. Em certo momento da celebração houve também a benção da água, que foi velada ao altar em uma apresentação do grupo de dança da Paróquia.
     Encerando a Semana Santa, no Domingo, a Páscoa começou a ser celebrado a partir das 08h00min com a missa e batizados, batizado estes que foram feitos com a água abençoada no Sábado. E de noite, a Paróquia se reuniu para contemplar a ressurreição do senhor.
     Portanto, se este ano você não acompanhou todos os eventos de sua paróquia na Semana Santa, esforce-se e sinta o que é o Amor de Deus.





Vinicio Eduardo de Almeida
18 Anos.
Com. Imaculada Conceição - Palmares Paulista.
Estudante de Téc. em Administração.










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Páscoa

Páscoa significa a passagem da “morte para a vida”, das “trevas para a luz”. A Páscoa é a festa mais importante para a Igreja Católica, pois nela se celebra o mistério da salvação. Onde os cristãos celebram a ressurreição, após a morte e crucificação, de Jean Cristo.

Significado
Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera. A palavra páscoa – do hebreu "peschad"– significa passagem. A páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade.

A páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo, que de acordo com a Bíblia ocorreu três dias após a sua crucificação. É comum em todas as igrejas cristãs, o domingo ser um dia destinado à comemoração da ressurreição de Cristo, realizada através de Eucaristia, porém o domingo de páscoa é diferenciado dos outros, neste é celebrado o aniversário da ressurreição, a festa da vida.

A festa da páscoa faz referência à última ceia de Jesus com os discípulos, sua prisão, julgamento, condenação, crucificação e ressurreição. A celebração inicia no Domingo de Ramos e termina no domingo de páscoa, período compreendido como Semana Santa. A páscoa é uma das festas mais antigas, e a principal festa do ano litúrgico cristão.


Simbolos da Páscoa

As luzes, velas e fogueiras são uma marca das celebrações pascais. Em certos países, os católicos apagam todas as luzes de suas igrejas na Sexta-feira da Paixão. Na véspera da Páscoa, fazem um novo fogo para acender o principal círio pascal e o utilizam para reacender todas as velas da igreja. Então acendem suas próprias velas no grande círio pascal e as levam para casa a fim de utilizá-las em ocasiões especiais. O círio é a grande vela acesa na Aleluia, simbolizando a luz dos povos, em Cristo. Alfa e Ômega nela gravadas querem dizer: "Deus é o princípio e o fim de tudo". Ainda temos como símbolos:

  • Cordeiro - que simboliza Cristo, sacrificado em favor do seu rebanho;

  • Cruz - que mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Cristo;

  • Pão e Vinho - simbolizando a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos;


Significado dos ovos de Páscoa

O ovo representa nascimento e vida. Presentear pessoas com ovos é um costume de épocas remotas. Porém, os ovos (de verdade) foram substituídos por ovos de chocolate.

As origens exatas do ovo de chocolate são incertas. Alguns associam à proibição da ingestão de alimentos de origem animal no período da quaresma, havendo sua substituição pelo chocolate e outros acreditam que está ligado ao surgimento e crescimento da própria indústria de chocolate no século XIX. Atualmente, presentear com ovos de chocolate na páscoa já faz parte das tradições comemorativas de vários povos pelo mundo nesse período.

O que não se pode esquecer é que mais do que as toneladas de chocolate, o centro de nossa fé será sempre Cristo que morreu e ressuscitou para nos mostrar que o Reino de Deus pregado por Ele está presente e vivo entre nós. Esse sim é o verdadeiro sentido da páscoa.
Semana Santa


Durante a Semana Santa, a Igreja celebra os mistérios da reconciliação realizados pelo Senhor Jesus nos ultimos dias da sua vida terrena

Definição
A Semana Santa é um período religioso do Cristianismo e do Judaísmo que celebra a subida de Jesus Cristo ao Monte das Oliveiras, a sua crucificação e a sua ressureição. No século IV, algumas comunidades cristãs passaram a vivenciar a paixão, a morte e a ressurreição, o que exigia três dias de celebração, consagrados à lembrança dos últimos dias da vida terrena de Cristo. Juresalém, por ter sido o local desses acontecimentos, é que deu início a essa tradição seguida pelas demaisigrejas. Assim a sexta-feira comemora especialmente a morte de Jesus Cristo, o sábado era o dia de luto e o domingo era a festa da ressurreição.

Origem da Semana Santa
A primeira celebração da Semana Santa foi em 1.682 pelos cristãos. Ela é uma das conclusões do Concílio de Nicéia, regido pelo Papa Silvestre I e patrocinado pelo imperador Constantino, em 325 d.C, que determinou a doutrina da Igreja Católica, transformada em religião oficial do Império Romano. Desde então, festejam-se em oito dias a paixão, morte e ressurreição de Cristo. Um decreto papal estabeleceu o Domingo da Ressurreição como a data mais importante do ano eclesiástico. Ele é celebrado sempre no domingo seguinte à primeira lua cheia da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul.


A Semana Santa

Domingo de Ramos - Entrada de Jesus em Jerusalém


A comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém, com a bênção e a procissão dos ramos, supõe a proclamação do Evangelho, que dá sentido ao ato litúrgico (Mt 21,1-11). O louvor público é o reconhecimento messiânico da pessoa de Jesus, pela explicação bíblica, mais fácil, da relação do Messias com a dinastia davídica. De fato, a saudação messiânica Hosana ao Filho de Davi, no ato de bendizer o que vem em nome do Senhor, é a confirmação do oráculo de Natã, através do qual o povo espera e reconhece a chegada daquele descendente privilegiado, cujo trono seria estável ou permanente. Entretanto, Jesus parece preferir servir-se de outros textos escrituristicos para se deixar reconhecer como Messias. Ao querer montar no jumento para entrar na cidade , assume a missão messiânica, descrita por Zacarias: Dizei à Filha de Sião: eis que o teu rei vem a ti, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, filho de uma jumenta.
Este ato contraditório se explica pelo messianismo anti-messiânico, ligado à pregação e irrupção do Reino, que contraria os interesses dos poderosos. Rejeitando-se o Messias, sua pessoa e sua mensagem, rejeita-se também o Reino que veio instaurar através dos meios pobres, mas eficazes, que escolhera. A cruz e a morte se colocam, então, no horizonte desta recusa do projeto messiânico: o caminho do amor que se doa a Deus e aos homens, em prol da justiça e da paz, através da mansidão e da humildade.



Quarta Feira Santa - Procissão do Encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores


Dentro da Semana Santa, também chamada de “A Grande Semana”, em muitas paróquias, especialmente no interior, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” entre: o Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores.
Os homens saem de uma igreja com a imagem de Nosso Senhor dos Passos e as mulheres saem de outra igreja com Nossa Senhora das Dores. Acontece então o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre, então, proclama o célebre Sermão das Sete Palavras, que na verdade são sete frases:
  • 1. Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. (Lc 23,34 a);
  • 2. Hoje estarás comigo no paraíso. (Lc 23,43);
  • 3. Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a tua mãe. (Jo 19,26-27);
  • 4. Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?! (Mc 15,34);
  • 5. Tenho sede. (Jo 19,28 b);
  • 6. Tudo está consumado. (Jo 19,30 a);
  • 7. Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. (Lc 23,46 b).
O sacerdote, diante das imagens, faz uma reflexão com estas frases, chamando o povo à conversão e à penitência. O silêncio é grande, já que a imagem de Nosso Senhor dos Passos mostra-o com a cruz às costas. É tudo isso que vivemos neste tempo de profunda reflexão. Nossa fé é pascal passa pelo sofrimento, morte e ressurreição do Senhor.


Quinta Feira Santa (Ultima Ceia)



Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
  • Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espirito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
  • Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e  peloEspirito. Sua cor é vermelha.
  • Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.

Instituição da Eucaristia
Na véspera da festa da Páscoa, como Jesus sabia que havia chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 12, 1). Caía a noite sobre o mundo, porque os velhos ritos, os antigos sinais da misericórdia infinita de Deus para com a humanidade iam realizar-se plenamente, abrindo caminho a um verdadeiro amanhecer: a nova Páscoa. A Eucaristia foi instituída durante a noite, preparando antecipadamente a manhã da Ressurreição. Jesus ficou na Eucaristia por amor..., por ti.

Um momento solene - No 13º capítulo do seu Evangelho, João fala sobre Jesus fraco, pequeno, que terminará sendo condenado e morto na cruz como um blasfemador, um fora da lei ou um criminoso. Até então, Jesus parecia tão forte, havia feito tantos milagres, curado doentes, ordenado que o mar e o vento se acalmassem e falado com autoridade para os escribas e os fariseus. Nós estamos frente a um Deus que se torna pequeno e pobre, que desce na escala da promoção humana, que escolhe o último, que assume o lugar de servo ou escravo. De acordo com a tradição judia, o escravo lavava os pés do senhor, e algumas vezes as esposas lavavam os pés do marido ou os filhos lavavam os do pai.

Desnudação do Altar
A desnudação do altar hoje, é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus. O rito atual é realizado de modo muito simples, após a missa. Feito em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes da igreja. O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.


Sexta Feira da Paixão (Paixão de Cristo)



"Chegado ao meio-dia, houve trevas por toda a terra, até às três da tarde. Às três horas, Jesus exclamou em alta voz: "Eloì, Eloì, lema sabactàni?" que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste? (...)Soltando um grande brado, Jesus expirou. (...)Ao vê-Lo expirar daquela maneira, o centurião, que se encontrava em frente d'Ele, exclamou: "Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus". Jesus, pregado na Cruz, imobilizado nesta terrível posição, invoca o Pai (cf. Mc 15, 34; Mt 27, 46; Lc 23, 46). Todas as suas invocações testemunham que Ele está unido com o Pai. "Eu e o Pai somos um" (Jo 10, 30); "Quem Me vê, vê o Pai" (Jo 14, 9); "Meu Pai trabalha continuamente e Eu também trabalho" (Jo 5, 17).






Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos. Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.
Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o meio dos céus preparado para ti desde toda a eternidade".

Fonte: http://wiki.cancaonova.com/index.php/Semana_Santa.Acessado no dia 19/04/2011.


Páscoa: tempo de ressurreição.


     Estamos nos aproximando da Páscoa, palavra esta que vem do hebraico Pessach o qual significa passagem. A Páscoa não só é a maior como a mais importante festa da igreja católica. Reunimo-nos como povo de Deus para celebrarmos a Ressurreição de Jesus Cristo, Sua vitória sobre a morte e Sua passagem transformadora em nossas vidas.
     O Tempo Pascal compreende cinquenta dias que se inicia no domingo da Ressurreição e termina na festa de Pentecostes. A Páscoa é o centro do ano litúrgico e da vida da igreja. Celebrá-la, é celebrar a obra da redenção humana e da glorificação que Deus em Cristo realizou quando morrendo destruiu a morte e ressuscitando renovou a nossa vida.
     Diante do que verdadeiramente nos remete a comemoração da Páscoa, podemos perceber que hoje muitas famílias, e infelizmente, muitas famílias católicas transformam essa data em mais um simples feriado, em mais um dia de descanso ou ainda em mais um dia de manifestações pecaminosas. Para esses “católicos”, a grande preocupação desse período é o de presentear seus familiares com os saborosos ovos de páscoa. Isso tornou-se uma tradição principalmente em nosso país onde o maior beneficiado e incentivador  é o comércio que lucra e comanda o mercado financeiro.
     Apesar da grande massa católica existente no mundo, observamos que poucos se preparam para viver verdadeiramente o tempo pascoal, poucos cristãos procuram experimentar esse tempo como um momento de conversão, de mudança de vida e de amor ao próximo uma vez que a prioridade é a de presentear todos ao seu redor e a de realizar a festa ou o almoço para todos os amigos e familiares. Contudo, o importante é não nos esquecermos de convidar o próprio Jesus, de presenteá-lo com nossa presença no sacrário e na Santa Missa e, principalmente, não nos esquecermos de que, nesse tempo, Deus nos confronta com nosso pior, com nossos pecados mais internos para sairmos melhores e mais santos.
     Nós que temos o acesso a tais verdades, que temos ao alcance das mãos um sacerdote, um sacrário, a Eucaristia, devemos e podemos nos preparar adequadamente para a Páscoa. Como Cristãos, assumamos nesse tempo o que Deus nos coloca para vivermos. Devemos sim nos alegrar pela morte e ressurreição de Jesus, pois foi o meio pelo qual fomos salvos, fomos libertos do julgo do pecado, porém, jamais devemos nos esquecer de celebrar com grande devoção e louvor o sacrifício do Cordeiro Santo e o preço pago para salvar nossas almas. Enfim, foi por Cristo que fomos libertos e é por meio Dele que seremos levados aos Céus.
     Uma santa e abençoada Páscoa a todos, que Jesus Ressuscitado seja nossa maior alegria nesse tempo. Amem!

Colaboração: Milena de Brito Mello


SÃO JOSÉ


            No dia 19 de março, celebra-se a Solenidade de São José, esposo da virgem Maria, modelo de esposo e pai, protetor da Sagrada família, ele foi escolhido por Deus para ser o patrono da igreja de Cristo.
            José que significa: “Deus cumula de bens”, em hebraico, renunciou a si mesmo e, na fé, obedeceu a Deus acolhendo a virgem Maria, e hoje, acolhe a igreja, da qual é patrono e grande intercessor de todos nós.
            No papel de pai adotivo de Jesus, São José educou o menino-Deus dentro dos preceitos de seu povo (Lc 2,21,-52), e com o mesmo carinho ensinou-lhe sua profissão de carpinteiro.
            Sob o olhar da fé, podemos imaginar São José cuidando e protegendo sua família (Mt 2,13-23), e todo clima de paz e respeito a dominar naquele santo lar. As dificuldades enfrentadas foram vencidas na fé de que Deus estava com eles. Certamente, Jesus, ao olhar seu pai adotivo, podia contemplar o homem justo, que foi São Jose.
            Nos dias de hoje, será que encontramos a verdadeira presença paterna em nossas famílias? Qual o papel do pai nelas? No que ele se assemelha a São José? Muitos homens (Pais), não são exemplo do justo; pois, estão preocupados com a busca por dinheiro, bens materiais, estatus social, vida vazia de fé e amor.
            Olhando para nossas famílias, que exemplo estamos dando aos nossos filhos? Será que nos espelhamos em São José?
            É belo exemplo para os filhos ver o pai que reza, lê a Palavra de Deus e dela faz direção para sua vida. Aquele que educa seu filho no caminho do Senhor terá sua recompensa, pois todo ensinamento e exemplo deixarão sua marca no coração, isto é, toda semente plantada em terra boa e preparada, produzirá a seu tempo o fruto esperado.
            “Pai, assuma o papel de São José na sua família, pois todo homem que Crê, Confia e espera no Senhor é justo.”

3° Domingo da Quaresma



“BEBER DO PRÓPRIO POÇO”
     Quem de nós nunca sentiu sede??? Sabemos que em nosso Planeta não há possibilidade de vida sem que haja condições para isso. Por isso, uma das primeiras coisas que Deus criou no Gênesis foram as águas, e as separou em, águas de “cima” e as de “baixo”.
     As águas de cima, “fecundam”, por assim dizer, as águas de baixo, dando condições para que a Vida exista. Pois bem, no deserto raramente se chove, por isso da quase inexistência de vida. Era necessário então, que os povos migrantes cavassem, em suas longas caminhadas, poços para deixar às suas descendências e estes poderem alcançar em suas viagens água para subsistência.
     Assim é a história do poço que Jacó deixou aos seus descendentes e que na liturgia deste final de semana é proposto como símbolo da belíssima conversa de Jesus com a Samaritana. (Jo4, 5-42)
     Neste diálogo, Jesus pede água! Claro que muito mais do que a água, Jesus queria um pretexto para aproximar-se daquela pessoa (samaritana), ou seria de um povo (?) - note-se que a samaritana não tinha nome, porém, era infeliz, sedenta e que não sabe onde encontrar água; vivia sem rumo e sem direção. Era Deus que vinha ao encontro da sede da samaritana! É Deus que em todos os momentos, vem ao encontro de nossas sedes e que abre um poço diferente, para saciá-las.
     Como outrora no deserto em que Deus manda Moisés bater na rocha e de lá brotam as águas que matam a sede do seu povo (1ª Leitura – Ex 17,3-7), Jesus no Evangelho se declara a Fonte de água viva, isto é, o lugar de onde brota água, brota vida, brota o Espírito Santo.
     Porém, como o povo do Êxodo que murmura e prefere voltar para a escravidão, porque lá tem cebolas e água, hoje reclamamos de Deus em tudo! Preferimos continuar escravos de nossas sedes, preferimos ser amantes de 5 maridos (deuses), a nos entregarmos de coração e permitirmos que nosso balde (vida) seja cheia da Graça de Deus que foi derramada pela Morte e Ressurreição de Jesus.
     Cristo é a Rocha que dá a água do Espírito. Paulo nos ensina que somos salvos e justificados por Ele. Essa salvação já veio até nós pelo batismo. Essa água que nos sacia vem a nós todas as vezes que celebramos a Eucaristia. Eis nosso poço! Eis de onde devemos beber! Eis onde devemos saciar nossa sede! Eis de onde devemos partir para o mundo e, como a samaritana, sermos missionários! Sim! Não apenas matarmos nossa sede egoisticamente, mas conduzir outros até a fonte, como fez a Samaritana: “Venham ver o homem que me disse tudo o que fiz... não será Ele o Messias?”
     Assim, queridos irmãos e irmãs, busquemos com insistência matar nossa sede de Deus que se faz poço, que se faz próximo. E, como diz uma belíssima canção entoada por nosso querido Pe. Fábio de Melo, “Se você trouxer a mim a sua água eu devolvo vinho.”


Pe. Marcelo Delalibera - Pároco da Paróquia Imaculada Conceição de Palmares Paulista. SP



Quarta-feira de Cinzas
A Missa de quarta-feira de cinzas, no dia 9 de Março, deu inicio a Quaresma, tempo onde somos convidados a analisar o que estamos fazendo com nós e para com os outros. E é com o intuito de análise intima que a CNBB propõe todo ano a Campanha da Fraternidade, sempre co m um tema e um lema. Neste ano para retratar a violência do Homem contra a natureza, temos o tema “Fraternidade e vida no planeta” e o lema “A criação geme em dores de Parto (Rm8, 22)”.
Antes da benção final, o Grupo Teatral “Anuncio & Ação” encenou uma peça mostrando a assembléia que atitude ambiental parte de simples atos e que todos devemos nos mobilizar diante de tal fato. Além disso, para fazer jus ao nome, o Grupo apresentou o “Projeto Recicle”, que reverte parte do dinheiro arrecadado para famílias carentes de nossa paróquia.
Então, aproveite estes 40 dias para rever seus atos e repensar seu modo de vida, visando também a vossa consciência ambiental.



Vinicio Eduardo de Almeida
E-mail: viniciopitoco@yahoo.com.br
18 Anos.
Com. Imaculada Conceição - Palmares Paulista.
Estudante de Téc. em Administração.








1° Domingo da Quaresma


    Venceremos o Mal em Cristo!

A Quaresma é tempo propício para vivermos com profundidade o Mistério da morte e Ressurreição de Cristo. No início deste nosso “Retiro” quaresmal, a Palavra de Deus convida-nos à “conversão”, a recolocar Deus no centro da nossa existência, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas e a concretizar no mundo, sendo fiéis, os Seus projetos.
     A primeira leitura (Gn, 2,7-9; 3,1-7), afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a Vida Plena. Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que deixamos Deus de lado e nos fechamos em nosso “Eu”, ficamos à mercê do mal e somos instrumentos na construção de caminhos de sofrimento e de morte.
     São duas realidades abordadas: “Adão”, pelo qual nos veio o pecado e a Morte; e “Cristo”, o qual nos trouxe a Redenção e a Vida (2ª Leitura: Rm 5, 12.17-19).
     Vivemos num mundo, por assim dizer, convivendo com estas duas realidades: morte e vida. Somos, como Cristo, desafiados e tentados pelo Demônio, que significa, “divisor”, por toda a vida a abandonarmos a realidade da Vida, a Missão que Deus nos confia. (Evangelho: Mt 4,1-11)
     Jesus mostra aos seus discípulos e a nós, que, inseridos na realidade da Palavra, isto é, tendo como “Rocha” (Evangelho de Domingo Passado) a Palavra de Deus, é possível resistir ao tentador. Ele, que tem como objetivo afastar-nos do projeto de Vida que Deus tem para nós, pode ser facilmente vencido. Sim! Facilmente, sim! Pois o demônio é frágil e medroso. Basta dizer não, como fez Jesus, e ele se afasta, até a outra vez.
     Então, queridos irmãos e irmãs, aproximemo-nos com confiança de Jesus, reconhecendo, como nos canta o Salmo 50, toda a nossa iniquidade, aproveitando ao máximo este tempo especial de reflexão e conversão, ocasião privilegiada para rever as nossas atitudes e nosso modo de agir conosco mesmo, com os outros e com a Natureza.
    Como Cristãos, revistamo-nos das “armas da luz”: Oração, Jejum e Caridade, para juntos reconstruirmos o mundo que Deus pensou desde o início da Criação, e, não rejeitar a Missão confiada a nós por Deus, assim como fez Jesus.


Pe. Marcelo Delalibera - Pároco